Cigana Fatima Amaya

Bandeira Cigana

***Não sabemos explicar muitos de nossos comportamentos mais expontâneos, porque fazem parte da nossa herança ancestral. Até que alguém acenda uma luz e nos diga claramente o porquê de detalhes que antes nem sequer notávamos.O extraordinário trabalho de pesquisa de Sándor Avraham é esta espécie de espelho, que nos deixa perplexos».

João Romano Filho (Sinto Estraxhari do Brasil)


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Cigana Fatima Amaya

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terça-feira, 14 de junho de 2011

Chá Cigano ou para espíritos Ciganos

  • Como preparar:
Dois copos de água mineral sem gás e sem gelo
uma tigela branca de louça
uma maça
algumas uvas de qualquer tipo
damasco
limão sem casca
dois morangos
Chá Preto

Picar todas as frutas acima relacionadas, numa tigela comum, em seguida amassá-las com um amassador de madeira que seja virgem.
Depois de feito isso, utilizar a água levando-a ao fogo com chá preto, quando estiver bom, jogá-lo na tigela referenciada acima, com as frutas picadas e os outros ingredientes e ir mexendo, mentalizando os ciganos ou sua corrente espiritual.
Deixar por no mínimo três horas imantando, e, depois coar normalmente.
Poderá oferendar ao cigano ou cigana de sua preferência, ou colocá-lo em qualquer outro recipiente para servir. Ao tomar pode ir pedindo o que desejar de bom!

DICIONÁRIO ROMANI

Uma língua muito diferente do português e é exclusiva deste povo''POVO CIGANO'



A TRANSMISSÃO ORAL DOS ENSINAMENTOS
 
O romani é uma língua ágrafa, ou seja, uma língua ou idioma sem forma escrita. Portanto, para sua perpetuação o romani conta somente com a transmissão oral de uma geração para outra, de pai para filho.

Não existem livros ensinando uma linguagem, que não tem sequer uma apresentação gráfica definida, pois se os ciganos tivessem se originado na Índia teríamos os caracteres sânscritos, mas como encontramos ciganos em quase todas as partes do mundo, o romani poderia ter os caracteres da escrita russa, ou egípcia, latina, grega, árabe ou outra qualquer.

Assim como o idioma, todos os demais ensinamentos e conhecimentos da cultura e tradição ciganas dependem exclusivamente da transmissão oral. Os mais velhos ensinam aos mais jovens e às crianças os conhecimentos do passado, o pensamento e a maneira de viver herdados dos ancestrais.

 
O vocabulário empregado pela mistura de muitos elementos. Alguns dizem que é difícil vinculá-lo a um único idioma, outros que a linguagem usada por este povo é o romani (romanês em português). Esta segunda versão é a mais aceita. E aí vão algumas palavras e sua interpretação: 



Acans: olhos
Aruvinhar: chorar
Bales: cabelos
Baque: sorte, fortuna, felicidade
Bato: pai
Brichindin: chuva
Cabén: comida
Cabipe: mentira
Cadéns: dinheiro
Calin: cigana
Calon: cigano
Churdar: roubar
Dai (ou Bata): mãe
Dirachin: noite
Duvêl: Deus, >Nosso Senhor, Cristo
Estardar: prender
Gadjó: não cigano
Gajão: brasileiro, senhor
Gajin: brasileira, senhora
Jalar: ir embora
Kachardin: triste
Kambulin: amor
Lon: sal
Marrão: pão
Mirinhorôn: viúva
Naçualão: doente
Nazar: flor
Paguicerdar: pagar
Panin: água
Paxivalin: donzela
Querdapanin: português
Quiraz: queijo
Raty: sangue
Remedicinar: casar
Ron: homem
Runin: mulher
Sunacai: ouro
Suvinhar: dormir
Tiráques: sapatos
Trup: corpo
Urai: imperador ou rei
Urdar: vestir
Vázes: dedos ou mão
Xacas: ervas
Xinbire: aguardente
Xôres: barbas

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Oswaldo Montenegro - Cigana




  • Cigana (Oswaldo Montenegro)

Eu me vesti de cigana
Pra cantar o sol
Fiz comício e deu cana
Pra cantar o sol
Ah, que riso bacana
Pra cantar o sol
Virtuosa e sacana
Pra cantar o sol

Dança, dança, dança pra cantar o sol
Todo ao amor que emanar, pra cantar o sol

Fui quem se dava e se dana
Pra cantar o sol
Quem não mente, te engana
Pra cantar o sol
Quem teu hálito abana
Pra cantar o sol
Virtuosa e profana
Pra cantar o sol

Dança, dança, dança pra cantar o sol
Todo ao amor que emanar, pra cantar o sol

Fiz do meu corpo cabana
Pra cantar o sol
Fiz de um ano semana
Pra cantar o sol
Fiz do amor porcelana
Pra cantar o sol
Fui cigarra e cigana
Pra cantar o sol

Dança, dança, dança pra cantar o sol
Todo ao amor que emanar, pra cantar o sol

Fui tua mão que me esgana
Pra cantar o sol
O que o brilho não empana
Pra cantar o sol
Meu amor tinha gana
De cantar o sol
Virgem Santa e sacana
Pra cantar o sol

Dança, dança, dança pra cantar o sol
Todo ao amor que emanar, pra cantar o sol

IMAGENS E ESTERIÓTIPOS DOS CIGANOS

Quando se fala em imagem de ciganos, tanto Fraser (2005) como Ligeóis e Teixeira (2007) remontam a imagens pintadas por artistas não-ciganos ou representadas em gravuras ou ilustrações para delinear uma visão, mesmo que de produção individual, propagada socialmente.
Fraser (2005) começa pelo vestuário, a identificar que roupas ciganas converteram-se no mundo em paradigma do exótico. Segundo ele, diversas pinturas e gravuras dos Países Baixos com temas religiosos, recorreram ao tipo cigano para representar mulheres orientais e especialmente egípcias. Motivos similares se fizeram populares entre os pintores italianos durante a segunda metade do século XVI. Outros modelos representavam uma cigana lendo mãos enquanto um garoto roubava a bolsa. Segundo Fraser (2005), a composição representa a implantação de um estereótipo concreto na mente do público. Também cita a farsa de Gil Vicente onde as ciganas são adivinhas impenitentes e os ciganos são viajantes de barcaças. Uma peça teatral suíça anônima de 1475, em uma na cena se pede que se fechem todas as portas e janelas da casa, tranquem o estábulo e recolham as galinhas pois vão passar os ciganos. Outra peça de Hans Sachs, quase da mesma época, associava os ciganos ao roubo, à bruxaria e à artimanha.
A prática da leitura de mão e da adivinhação sempre esteve vinculada a esse povo. Suas imagens européias mais antigas retratam essa atividade. Em geral, os associam a uma carga negativa para os moradores da região por onde passavam. É enfatizada a cor escura de suas peles, assim como cabelos sempre volumosos e negros ou ainda os descreve comparando-os com animais.



Segundo Teixeira (2007), no final do século XVIII e inicio do XIX houve a emergência de uma nova imagem dos ciganos, manisfetação verificável tanto nas canções populares (como uma que Carlota Joaquina cantarolava) quanto em peças teatrais. No Brasil, tendo a importância social do teatro do século XIX, os ciganos são menos ridicularizados, passando a ser representados como figuras românticas. O autor remonta a recorrência dos autores brasileiros aos modelos europeus, vendo nos ciganos uma figura valorizada tanto pelo seu exotismo como por sua proximidade do tipo europeu. Duas óperas foram executadas em Ouro Preto em 1771, “Ciganinha” e “A vingança da Cigana”, nas palavras do autor “a tradicional identificação com o crime e o comportamento desviante foi, com uma dose de piedade, diminuída enquanto acentuava-se a imagem romântica da buena dicha (leitura da sorte). As mulheres foram substancialmente transformadas de “leitoras da sorte sujas em mulheres heroínas, altamente sensuais e desejáveis” (TEIXEIRA, 2007, p. 124).
Conforme o autor, a visão estigmatizadora da cultura cigana foi sendo substituída por um encantamento a sua liberdade e “espírito indômito”. O comportamento diferenciado ganhou valorização por sua “capacidade de lidar com a dificuldade da existência diária”. Diante dos modelos Românticos e do ideal boêmio de Cervantes, emolduravam características glorificadas. Também carregavam a presença do sobrenatural e do mistério. Toma o autor como melhor exemplo da liberdade enaltecida a personagem da ópera “Carmem” de Georges Bizet (1838-1875), baseada no romance do escritor Frances Prosper Mérimée (1803-1870) e eternizada mais tarde em varias produções fílmicas.
Teixeira (2007) acrescenta uma característica de impacto no Brasil, o olhar cigano. Segundo o autor, a sociedade cigana por ter como base fundamental de transmissão de saber, e até mesmo para firmar contratos, tem o olhar como ponto de partida para compreensão entre duas pessoas. Não se sabe quando mas foram considerados portadores de um olhar mágico e poderoso, “capaz de lançar pragas e maldições”.
Já nas peças dos brasileiros Martins Pena e Manuel Antônio de Almeida, como nos livros de Manuel Antônio de Almeida (Memórias de um Sargento de Milícias), o cigano volta a ser representado como ativo do roubo e do trambique De diversas fontes (FRASER, 2005) aprendeu-se sobre eles por meio de suas formas de ganhar a vida: as mais mencionadas são a leitura de mãos e a mendicância. Outras são o comércio de cavalos, o manejo de metais, a cura, a música e a dança. O roubo de comida, roupas e também dinheiro também é um tema recorrente. Fraser (2005) também menciona uma justiça própria, como “um império dentro de outro império, já que quando entravam em conflito entre si, as autoridades locais deixavam que por si só fizessem sua justiça.
Em seu livro “Anticiganismo: ciganos na Europa e no Brasil”, Moonen (2008) dedica um capítulo inteiro à construção e à perpetuação das imagens anticiganas. Segundo ele o aparecimento dos ciganos na Europa Ocidental evidencia documentos históricos que:
(…) deixam claro que muitos destes ciganos aparentemente tinham uma conduta pouco compatível com os valores culturais europeus da época, pelo que já no Século XV começaram a ser formados os primeiros estereótipos, segundo os quais os ciganos: 1) eram nômades, que nunca paravam muito tempo num mesmo lugar; 2) eram parasitas, que viviam mendigando; 3) eram trapaceiros, sempre aproveitando-se da credulidade do povo; 4) eram avessos ao trabalho regular; 5) eram desonestos e ladrões; 6) eram pagãos que não acreditavam em Deus e também não tinham religião própria. Por causa disto, em todos os países europeus, sem exceção alguma, os ciganos passaram a ser violentamente perseguidos, e em alguns países foram até exterminados. Cigano virou palavrão; ser cigano virou crime. (Ibidem, p. 2)



O problema da perpetuação desses conceitos é que são de âmbito generalizante, ou seja, se um cigano roubou um dia, todos são ladrões, reduzindo-se milhares de pessoas a um estereótipo mal definido. Um estudo de Moonem (2008) em torno dos primeiros ciganólogos revela outro problema. Somente a partir de meados do Século XVIII foram publicados os primeiros livros sobre os ciganos europeus, e quase todos os autores reforçaram ainda mais os estereótipos negativos já existentes. Dois pioneiros dos estudos ciganos: o alemão Heinrich Grellmann (1753-1804) e o inglês George Borrow (1803-1881) segundo Moonen (2008), até hoje costumam ser citados por muitos ciganólogos. Grellmann editou traduções de seu livro sobre ciganos em varias línguas. Consta que o corpo de seu livro tem considerações de outros livros, de procedência duvidosa e sensacionalistas, sendo que ele só teve contatos esporádicos com alguns poucos ciganos. Em um capítulo sobre comidas e bebidas ciganas, transcreveu a notícia de jornais de 1782 que acusava os ciganos de serem antropófagos, ou seja, canibais, comedores de carne humana. Em decorrência da publicação, 84 ciganos foram decapitados enquanto o livro tornava-se um sucesso editorial propagando conclusões equivocadas sobre os ciganos. Borrow, tradutor e divulgador da Bíblia em vários idiomas, em seu livro sobre os ciganos apresenta uma imagem negativa e estereotipada dos ciganos espanhóis, com os quais teve contato. Antes da publicação, escreveu: “os ciganos espanhóis são o mais vil, degenerado e miserável povo na terra”. Segundo Moonen (2008) três são as imagens equivocadas que não podem ser generalizadas sobre os ciganos: a de ladrão, a de trambiqueiro e a de vagabundo.


Tortilha Cigano Húngaro Rigo Jancsi

Esta famosa tortilha leva o nome do cigano húngaro Rigo Jancsi que raptara uma princesa por amor. No casamento dos dois, serviu-se a torta em homenagem aos noivos, pois era o doce predileto de Rigo, com o qual presenteava sua amada. O nome Rigo Jancsi significa João Canário.

INGREDIENTES
 
8 colheres de sopa de manteiga
13 colheres de sopa de açúcar
4 ovos
1 xícara de chá de farinha de trigo
3 colheres de sopa de cacau em pó
100 gramas de chocolate em barra
4 xícaras de chá de creme de leite sem soro
30 gramas de geléia de damasco
150 gramas de chocolate meio amargo derretido

MODO DE FAZER
 
Misture 8 colheres de manteiga e três colheres de sopa da açúcar, até formar um creme. Bata as quatro claras em neve, com 5 colheres de sopa de açúcar, e junte ao creme. Depois, acrescente 1 xícara de farinha de trigo e 3 colheres de sopa de cacau em pó. Estenda a massa numa espessura de cerca de 2 cm e coloque numa assadeira redonda média, coberta com papel manteiga. Leve ao forno pré-aquecido a 220º C. 
Quando a massa estiver assada, polvilhe sua superfície com farinha de trigo e vire-a, retirando o papel e deixando-a esfriar. Agora, derreta o chocolate em banho-maria. Ferva o creme de leite e espere esfriar. Depois bata-o com 5 colheres de açúcar até o ponto de chantili. Acrescente ao chocolate quente, aos poucos, batendo sempre para não encaroçar. A seguir, corte a massa em duas partes iguais e uma delas cubra com geléia de damasco e depois com o chocolate derretido. Cubra a outra metade da massa com o chantili misturado ao chocolate. Em seguida, junte as duas metades e cubra a torta com chocolate derretido em creme de leite e guarde na geladeira

ALCACHOFRAS CIGANAS



7 alcachofras grandes
2 colheres de sopa de suco de limão
sal

  • MOLHO VINAGRETE

1 /2 xícara de chá de vinagre 3 colheres de sopa de azeite de oliva sal e pimenta do reino 1 xícara de chá de cogumelos em conserva picados 1 pimentão grande em tiras 3 tomates picados folhas de alface para decorar

MODO DE PREPARO
  Lave as alcachofras e corte o talo rente à base. Cozinhe em água com limão e sal por 40 minutos. Retire as folhas e a parte fibrosa, conservando apenas o fundo. Misture o vinagre ao azeite, sal e pimenta. Junte, à metade, os cogumelos, pimentão e tomates. Forre uma travessa com as folhas de alface. Disponha por cima os fundos da alcachofra. Cubra com o molho misturado aos cogumelos, tomates e pimentão. Regue tudo com o restante do molho vinagrete. Sirva depois de 30 minutos.

BOLO LIBANITZA (CIGANO)

3 e ½ xícaras de farinha de trigo com fermento (controlar)
2 xícaras de amido de milho
1 xícara de açúcar refinado
1 colherinha de essência de baunilha
3 ovos batidos
1 xícara de leite
100g de manteiga em temperatura ambiente

RECHEIO
 
1 lata de leite condensado
½ xícara de açúcar
1 colher de sopa de manteiga
3 ovos
1 colherinha de essência de baunilha
50g de queijo parmesão ralado
200g de ricota picada
50g de coco ralado desidratado

MODO DE PREPARO
 
1. Em uma vasilha misture farinha , amido, açúcar, baunilha e abra uma cova, junte a manteiga, ovos batidos e o leite, amasse inicialmente com a colher e depois com a mão até obter uma massa muito macia. 2. Junte mais farinha aos poucos, para ficar com consistência de massa de modelar, meio úmida, levemente grudenta. 3. Coloque em forma de abrir pequena (uns 30 cm de diâmetro). 4. Espalhe a massa no fundo e laterais da forma, até o topo da borda, passe a mão pela farinha que ajuda a espalhar bem. 5. Bata todos os ingredientes do recheio no liquidificador aos poucos. 6. Coloque o recheio na forma sobre a massa. 7. Asse em forno pré-aquecido para dourar, temperatura média/baixa cerca de 40 minutos, vai sair líquida e só depois de fria é que fica em ponto de cortar desenformar e cortar.

KOLACO (Pão Cigano)

Como já sabemos o pão é um alimento sagrado.
E este pão não deve ser cortado jamais com faca.
Deve ser repartido com as mãos entre todos os presentes.
Pois é servido pelos Romani nas Slavas ( festas comemorativas em louvor aos Santos) ,
batizados, casamentos e cerimõnias especiais.
A magia do pão é tão somente a intenção de quem o faz, a sua energia pessoal, por isso na hora de prepara-lo é bom estar com pensamentos bons e puros, pensando somente coisas boas.
É símbolo da vida, da harmonia e da amizade.

  • PARA 3 PÃES 
 
1 quilo de farinha de trigo
1 litro de leite morno
50 gramas de fermento para pão
3 ovos inteiros
1 colher e meia de manteiga
sal a gosto
manteiga derretida
1 punhado de Erva-Doce
1 pouco de Cravo da Índia
Canela em casca.
 
MODO DE PREPARAR
 
Misture a farinha de trigo e o fermento dissolvido no leite morno.
Acrescente os ovos e a manteiga,
trabalhe a massa, sem sová-la.
Acrescente um punhado de cravo da índia e sal a gosto.
Deixe descansar coberta com um pano úmido, até crescer.
Depois forme três ou mais pães redondos, e coloque para assar em um tabuleiro untado e polvilhado com farinha de trigo. Decore os pães com gravos e canela em casca.
Derreta 3 colheres de manteiga e regue os pães.
Deixe assar em forno pré aquecido a 250 graus, por 40 minutos.
Caso ao final deste tempo ainda não estejam dourados e crescidos,
mantenha-os no forno até que fiquem prontos.



MANJAR DE SANTA SARA

Esse Manjar é servido durante a Slava de Sara Kali , no dia 24 de maio.

Leite de coco
Açúcar
1 fava de baunilha
Amido de milho
Coco ralado
Ameixas secas
Claras de ovos
Limão

MODO DE PREPARAR
 
Faz-se a receita , misturando os ingredientes e levando ao fogo brando para cozinhar, até que se faça um mingau consistente.
Depois disso , colocar numa forma de pudim, deixar esfriar e levar à geladeira até endurecer totalmente.
Quando desenformar , bater algumas claras em neve, acrescentando açúcar,
caldo e raspa de limão branco.
Cobrir todo o manjar e levar rapidamente ao forno pré-aquecido para dourar.
Serve-se em seguida.
Para oferenda pessoal você deve acrescentar as claras em neve, cobrir com pétalas de flores brancas e levar ao mar, ascendendo as velas de virgem Sara, Santa Maria Salomé e Santa Maria Jacobé.
OBS: O manjar da oferenda deve ser recheado de pedidos de graça .

OVOS MOLES

Leve ao lume numa caçarola, o açúcar misturado com a água.Deixe ferver cerca de 3 minutos.Retire do lume, e, deite em fio sobre os ovos previamente batidos com a maizena.Leve novamente a lume moderado, mexendo sempre até engrossar.

BOLO CIGANO (CIGANOS DE PORTUGAL)

6 ovos
250 grs. de miolo de amêndoa, pelada e ralada
250 grs. de açúcar
100 grs. de chocolate em pó
1 chávena de doce de gila
Para os ovos moles
300 grs. de açúcar
1,5 dl de água
5 ovos inteiros
1 gema de ovo
1 colher de sobremesa cheia de maizena.

MODO DE PREPARAR
Unte uma forma redonda e lisa com manteiga, forre o fundo com papel vegetal e torne a untar.Bata muito bem os ovos com o açúcar até obter uma mistura fofa.Envolva bem sem bater, o chocolate, a amêndoa ralada e a gila.Deite o preparado na forma e leve ao forno moderado a cozer cerca de 45 a 50 minutos (este bolo não pode ficar demasiado seco, tem que ficar úmido).Depois de cozido, deixe arrefecer um pouco e desenforme. Depois de frio, barre todo o bolo com os ovos moles.

ARROZ CIGANO

3 xícaras de chá de arroz branco
6 xícaras de chá de água
2 maças-vermelhas grandes cortadas em pedaços sem casca.
250 gramas de passas sem caroço
250 gramas de queijo mussarela
2 bananas sem casca, cortadas em vertical e fritas no azeite doce
1 xícara de açúcar fino misturado com canela em pó.


MODO DE PREPARAR


Cozinhe o arroz com as passas e açúcar agosto.
Depois deste arroz cozido e frio; coloque em uma forma, ou tabuleiro ou em um pirex.
Em camadas a primeira de arroz, depois algumas fatias de banana frita e por cima das bananas um pouco de açúcar com canela em pó; em cima disso tudo algumas fatias de queijo mussarela.
A segunda camada coloque em cima do queijo mais um pouco de arroz, em cima do arroz algumas fatias fina de maçã, em cima das fatias de maça um pouco de açúcar misturado com canela e por cima algumas fatias de queijo.
Repita as camadas, terminando com o queijo mussarela.
Leve ao forno até derreter o queijo.

PÃO COM FRUTAS

1 kg de farinha de trigo integral
2 tabletes de fermento biológico
2 copos duplos de água morna
1 xícara de óleo
1 colher de chá de sal natural
4 colheres de sopa de açúcar mascavo
1 xícara de frutas cristalizadas cortadas
em pedaços pequenos
½ xícara de uva passa

MODO DE PREPARAR

Dissolver o fermento na água morna,
acrescentar o açúcar, a farinha, o óleo e o sal.
Amassar bastante. Misturar as frutas
e dividir a massa em 2 partes iguais.
Untar 2 fôrmas e colocar a massa
que deve atingir a metade da
altura da fôrma. Cobrir
e deixar crescer por 3 horas.
Assar em forno quente.

BISCOITO DE CANELA

2 ovos
1 e ½ xícara de chá rasa de farinha de trigo
4 colheres de sopa rasa de amido de milho
2 colheres de sopa rasa do Multi-Adoçante Lowçucar, ou Stevia Plus Lowçucar
2 colheres de sopa cheia de margarina light
2 colheres de chá rasa de fermento em pó
1 colher de chá rasa de canela

MODO DE PREPARAR
 
Junte todos os ingredientes em um recipiente e misture-os formando uma massa homogênea. Unte uma forma com margarina e farinha. Faça bolinhas apertando-as com um garfo.
Leve ao forno pré-aquecido por 20 minutos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Frutas ciganas


Doces e suculentas, espalham-se generosamente sobre toalhas vermelhas, em festas alegres e cheias de música. Apaixonados por frutas, os ciganos as usam em todas as ocasiões, além de empregá-las em chás, banhos e mágicas poções. 
  • CONHEÇA O SIMBOLISMO DE ALGUMAS FRUTAS:

Maçã: ela aparece em todos os rituais ciganos e é usada como base de perfumes, banhos, óleos e poções. Nas festas de casamento, as mesas com toalhas vermelhas e enfeites dourados também devem ser forradas com essa fruta, pois ela simboliza o amor e a paixão. Mais: casamentos sem maçãs significam que o amor não durará para sempre. 

Pêras: são as frutas preferidas dos ciganos, junto com as maçãs. Entre os persas, acreditava-se que o seu sabor perdurava até depois da morte. Por isso a pêra também está ligada à imortalidade e à boa saúde, além, é claro, da prosperidade, pelo tom amarelo da fruta. 

Melancia: muito presente na decoração das festas, significa prosperidade (pela abundância de sementes) e fertilidade (pela cor vermelha do seu interior). 

Morango: mais uma fruta vermelha empregada em poções de amor. A cor vermelha e o sabor da fruta dão a energia necessária para conquistar o ser amado. É utilizada também para curar desilusões amorosas, em chás e poções. 

Abacates: os ciganos não têm dúvida em adoptar frutas de outros países, desde que sejam doces. É o caso do abacate, originário do México.
 
Uvas: se um cigano lhe der um cacho de uvas rosadas bem doces, saiba que ele quer se aproximar de você e ser seu amigo – ou talvez algo mais do que isso. Para eles, uvas e amizade andam sempre junto. Como em outras culturas, elas também são sinónimo de prosperidade. Os ciganos afirmam, convictos, que o costume de comer doze uvas no reveillon – uma para cada mês – é uma tradição originada entre eles, assim como o hábito de ter frutas secas na mesa de Natal. 

Figo: outro estimulante sexual (aberto, assemelha-se ao órgão genital feminino). Usado também como remédio para combater a depressão, a ansiedade e a falta de memória. 

Romã: uma fruta muito antiga. É empregada em chás e essências, como atrativo de dinheiro e felicidade. Em banhos ou talismãs, é garantia de fertilidade.

Damasco: é a fruta afrodisíaca por excelência, vinda dos países mediterrâneos. A sua cor, o laranja, traz vitalidade, fortalecendo a energia sexual. Os ciganos transformam os damascos em óleos aromatizantes, para envolver o casal apaixonado com o seu perfume. 


Amoras e framboesas: pela cor, significam paixões arrebatadoras. As folhas de framboesa são usadas sobre o corpo da mulher, para proporcionar um bom parto. Essas frutinhas também são utilizadas como ingredientes em poções afrodisíacas. 

Cereja: é uma das frutas fundamentais na decoração das mesas de noivado e casamento, pois significa o amor. Em poções e banhos, tem a função de atrair um parceiro. Os ciganos afirmam que as cerejas são diuréticas e calmantes. 

Melão: pode significar prosperidade e um casamento rico pela frente. A fruta veio da Ásia e faz parte da cultura cigana há muito tempo, muitas vezes substituindo a pêra. É usada na magia cigana para garantir a união da família. 


Amêndoas e castanhas: no ano-novo, as amêndoas são colocadas na carteira para atrair dinheiro. As castanhas são comidas para garantir o vigor sexual.
 

História de Santa Sara



  • HISTÓRIA

Segundo alguns historiadores, por volta dos anos 50 d.c,
uma embarcação teria cruzado os mares a partir de terras Palestinas
levando a bordo para fugir das perseguições de Roma
aos primeiros cristãos, um grupo de personagens bíblicos
Maria Jacobina ou Jacobé, irmã de Maria, mãe de Jesus,
Maria Salomé, mãe dos apóstolos Tiago e João,
Maria Madalena, Marta, Lázaro, Maximinio e Sara,
uma negra servadas mulheres santas e aportado em uma pequena ilha
situada em águas do Mediterrâneo.
Nesta ilha está construída a cidade de Saint Marie de La Mer,
erguida na foz do rio Ródano, região da Provença, sul da França .
Sara teria sido uma das primeiras convertidas ao cristianismo
e morrido a serviço de suas companheiras de viagem.
Outras versões são contadas, mais preferi citar essa por ser a mais popular
entre todas. considerada pela Igreja Católica como Santa de culto local ,
pois nunca passou pelos processo de canonização,
Sara esta liga da a história das tradições cristãs da Idade Média
e o assim chamado culto às virgens negras.
Não se conhece a razão exata que levou os ciganos a eleger
Santa Sara como sua padroeira.
Certo é que ela é a mais venerada Santa para os ciganos
e todo acampamento cigano conduz uma estátua da virgem negra
depositada num altar de uma das tendas cercadas por velas,
incenso, flores, frutas e alimentos.
Contam as lendas que os restos mortais de Sara foi encontrado por um rei
em 1448 e depositados na cripta da pequena Igreja de Saint-Michel
em Saint Maries de La Mer. Assim, todos os anos na madrugada
de 24 de maio milhares de ciganos de quase todas as regiões da Europa,
África, Oriente e dos quatro cantos do mundo,
reunem-se na pequena igreja de Saint-Michel em louvor
e homenagem a sua padroeira

Dança Cigana

Os ciganos adoram dançar.
A dança nasce com eles no momento em que abrem os olhos para enfrentar a dura vida de cigano.
Desde criança os ciganos ouvem e dançam as seguidillas, a rumba, as alegrias e o flamenco - ritmos e sons tradicionais - produzidos pelas guitarras, violinos, violões, acordeões, címbalos, castanholas, pandeiros, palmas das mãos e batidas dos pés, que aprendem desde cedo com parentes e amigos nas festas da kumpania (acampamento).
Não existem ciganos profissionalizados através da dança cigana e sim aqueles que fazem apresentações apenas para divulgar esse lado tão belo e cheio de magia dessa tradição que a todos fascina.
A dança cigana não é portanto, encarada como um ofício pelos ciganos.
Montagens de balé e de óperas (como Carmen, de Bizet) são representadas por profissionais de balé não-ciganos (gadjes).
Ciganos não freqüentam academias nem aulas de dança, pois quando dançam, o fazem com a alma, o coração e os movimentos naturais do corpo, sem nenhuma coreografia pré-concebida.
Como diz Niffer Cortez (uma das poucas dançarinas ciganas) "Marcar uma coreografia, para o cigano, é prende-lo; é não dar liberdade para os seus movimentos".
Por outro lado, a Bibi Esmeralda (chefe do Grupo Kalemaskê Romae, de Pirituba/SP), é uma Puri (avó) de 65 anos e dança como uma jovem de vinte.
Se a colocassem dentro de uma coreografia, com certeza, cortariam grande parte da emoção espontânea e do inestimável encanto que ela nos transmite quando dança com toda a sua desenvoltura, arte e beleza.
A história da dança oriental está intimamente ligada à história dos ciganos.
Eles vieram da Índia e emigraram até a Espanha, para a região de Andaluzia.
O nome espanhol dos ciganos é "gitano". O idioma dos ciganos é o romanês e contém em sua maioria palavras derivadas do antigo sânscrito (conforme pesquisa de Grellman), que era falado no noroeste da Índia.
Mas por todos os países que passavam, assimilavam palavras de idiomas locais, por isso encontramos palavras do turco, grego e armênio. Em cada país eram chamados por outros nomes:
Luri no Beluchistão/ Luli no Iraque / Karaki ou Zangi na Pérsia / Kauli no AfganistHá mais de 600 anos os ciganos emigraram para a Europa, onde se dividiram em vários grupos:
1- um grupo chegou até a Inglaterra, partindo de Bizanz (Istambul), percorrendo a Sérvia e a Itália.
2- outro grupo se dividiu deste no norte da França e foi de Paris até o norte da Espanha
3- outros se espalharam pela Moldávia até a Rússia
4- outros foram para o Egito e de lá para a Andaluzia
Tanto o povo cigano como o andaluz eram um orgulhosos por manter suas tradições.
Eram muito individualistas e leais à instituição familiar. Assim nasceu a sociedade do flamenco.
Esta palavra "flamenco" designava ciganos, pessoas sem posse de terra, derivado do árabe das palavras "fellahu" e "mengu", que significava "o camponês errante".
A sociedade espanhola associava a esta palavra os ciganos, ou o estilo de vida cigana.
Tal estilo incluía a arte da música flamenca, a dança e a touradaão / Cingan ou Tchingan na Sïria e na Turquia / Tsiganos ou Atsincani na Grécia / Roma ou Sinti na América.
Como os ciganos eram intrusos no país, muitas leis foram feitas contra eles.
Entretanto, a inquisição espanhola nunca conseguiu provar nada contra, se tinham uma religião ou não, pois eles eram espertos.
A cultura dos ciganos é tida como uma cultura de estranhos e geralmente imagina-se um povo alegre e feliz, mas a música que tocavam entre si era muito trágica, triste e vingativa., pois sua vida real só era manifestada entre eles.
Para o mundo de fora, só cantavam músicas alegres, que é o que se esperava realmente.
Tinham uma vida difícil e tentavam ganhar dinheiro de todos os modos.
Assim, aproveitavam as apresentações de música e de dança por todos os lugares que passavam, levando seus ritmos e músicas que mesclavam-se com os da cultura local.
Desta forma, foram trazidos ritmos indianos mesclados com melodias islâmicas para a Andaluzia.
Pode-se ouvir a nítida influência árabe na música flamenca, e também na dança, os movimentos de quadril e expressão de fortes sentimentos e emoções, são de natureza árabe.
Os ciganos acreditam que espíritos e entidades os acompanham no dia a dia.
Um artista tem que esperar que um ente se aposse dele e inspire-o para que seja capaz de fazer a arte verdadeira. Este sentimento profundo criou o "canto jondo" na Andaluzia, um canto de tristeza profunda, que se contrasta com o "canto flamenco".
O estilo de dança flamenca, com seus movimentos característicos de braços e de tronco, tem uma certa similaridade com a dança clássica persa, como também com a dança moderna da Ásia Central,
Enquanto que na dança moderna árabe, os movimentos são centrados na região do ventre e os braços se mantém na altura dos ombros.
Na dança flamenca e persa, os movimentos são centrados na região do tórax e é usado o máximo de espaço acima da cabeça para executar os graciosos movimentos de braços e mão.